Muitas vezes, no
planejamento de emergências, as crianças são consideradas como adultos em
miniatura ou simplesmente esquecidas. Porém, do ponto de vista da
sobrevivência, as crianças devem ser consideradas como funcionalmente
diferentes dos adultos, devido ao seu estágio de desenvolvimento neurológico e
cognitivo. Crianças terão mais dificuldade em utilizar sistemas de emergência e
precisarão de ajuda de um adulto nesse caso.
No pior dos casos: a SWAT de Seattle treina a retomada de uma escola em ocorrência de atirador ativo. ( http://www.westseattleherald.com/ ) |
A Revista Incêndio,
na sua edição 16, publicou uma matéria interessante sobre a preparação das crianças
para incêndios. Alguns trechos:
“(...) Não
queremos que as crianças combatam focos de incêndio – longe disso. Queremos que
elas apenas saibam como preveni-los, como dar um alarme e como escapar com
segurança.
A experiência
nas escolas americanas em relação ao escape em caso de incêndio é muito
positiva. Deveria ser analisada e adaptada à nossa realidade. Lá, uma vez por
semestre é acionado o alarme contra incêndio. Nesse momento, as crianças mais
próximas das janelas as fecham, é formada uma fila, é verificada qual é a rota
de escape mais próxima numa planta que fica permanentemente dentro da sala,
procede-se o escape e há um ponto de encontro externo, onde as crianças
aguardam o final da simulação. Tudo com seriedade, e ao mesmo tempo, tranquilidade.
Não há mal em copiar boas ideias. É nossa obrigação ensinar e conscientizar os
pequenos.
O fogo é um
processo físico-químico. Por que não envolver o professor de ciências numa aula
sobre incêndio? A “brincadeira” Pare! Deite! Role! (ações que devem ser tomadas
quando a roupa pega fogo) é um ótimo exercício.
E os
adolescentes? Essa faixa etária é terrível! Frequentam teatros, cinemas, boates
que, com honrosas exceções, tem suas saídas de emergência mal sinalizadas,
bloqueadas ou trancadas. Fica como proposta que as escolas, como entidades
organizadas para educar com metodologia, tomem para si esta nossa obrigação.
Uma aula sobre fogo, uma simulação de incêndio, são atividades que irão apenas
acrescentar (...)”
Outro exemplo de
preparação de crianças para emergências pode ser visto no vídeo português
abaixo:
O investimento
na preparação das crianças para emergências, além da óbvia vantagem de
protegê-las caso algo ocorra, pode tornar nossa sociedade mais resiliente em
longo prazo.
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