Protesto de motoristas do SAMU paulistano em 2009. (http://noticias.r7.com/) |
Uma rápida busca no Google traz mais notícias assustadoras:
Em 3 de setembro, o G1 noticiou o problema da demora do atendimento do SAMU em São Paulo, que chega a levar horas, ao invés dos 15 minutos que deveria.
No dia seguinte, uma mulher de 25 anos morreu enquanto dormia ao lado do namorado, em Sousa, no interior da Paraíba. O homem garantiu à polícia que acionou o SAMU por duas vezes, mas que teve o atendimento recusado.
Na mesma época, o blog de Rose Guglielminetti relata o caso de uma viatura do SAMU em São Paulo transportou 11 pacientes para tratamento na capital. Apenas quatro pessoas utilizaram o cinto de segurança. As outras tiveram os assentos improvisados em macas.
Mas, por que essa situação?
Um dos motivos é óbvio. A falta de recursos e a má gestão dos poucos existentes. Conforme o portal Terra, o Tribunal de Conta das União (TCU) revelou que as motos usadas para dar mais agilidade aos atendimentos funciona mal por falta de planejamento do Ministério da Saúde. Hoje, 40% das motos compradas estão paradas. Os próprios trabalhadores do serviço denunciam o sucateamento, como ocorre em Alagoas.
Outro ponto que deve ser visto é o modelo adotado para o serviço no Brasil. O SAMU foi criado em 2003, adotando o modelo francogermânico com protocolos e estrutura semelhantes ao SAMU francês. Os franceses, utilizam um modelo onde o atendimento é realizado inicialmente por uma central de regulação, com um médico regulador, que despacha o socorro mais adequado. Nesse modelo, os médicos urgentistas tripulam as ambulâncias e promovem a estabilização do paciente no local do evento.
O SAMU original. (http://www.ambulance-photos.com/) |
Por outro lado, nos Estados Unicos, adota-se o chamado modelo Anglo-Saxão. Lá, a ativação do serviço de emergência é feita com ligação para um número único de
emergência (911). A triagem é então realizada pelo operador da central de emergências, que definirá quais recursos serão despachados ao local (bombeiros, polícia, ambulâncias). O atendimento por sua vez, é realizado de tal forma a estabilizar o paciente e removê-lo sem demoras até o centro de referência. Nesse atendimento entra o famosos paramédico, que ao contrário do que muitos pensam, não existe no Brasil! Não, nem os tripulantes do SAMU e nem do Resgate são paramédicos...
Paramédicos dos Bombeiros de Nova Iorque. (http://www.nyc.gov/)
Por que os Estados Unidos adotaram esse modelo? Em relação aos países europeus, os EUA são territorialmente maiores e o custo de tripular as ambulâncias com médicos seria alto. Alguma semelhança com o Brasil?
Embora o modelo francogermânico possa ser tecnicamente melhor, sua aplicabilidade na nossa realidade é complicada, como mostram as notícias no início da postagem. Talvez já seja hora de rever nossos conceitos.
entretanto não e apenas as fomas de de equipes que definiram como seria o SAMU conhecendo e tendo experiencias dos dois lados o SAMU ainda e a melhor forma apesar do custo maior do que a forma americana vamos dar um exemplo básico: em um acidente de carro contra um poste quem atenderia?
ResponderExcluirSAMU frança: bombeiros e SAMU uma viatura de resgate e uma de suporte avançado supostamente
NYPD : bombeiros e uma NYPD ( bombeiros com curso de resgate )
Qual das duas formas você prefere ser atendido ?
O SAMU tem poucas unidades para atender um contingente populacional desproporcional e outra questão o serviço se transformou em obra eleitoreira,mandam a ambulância até pra unha encravada.
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