Dinheiro não falta. Pelo menos é o que parece...
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, feito pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Ministério da Justiça, em 2010, o Brasil gastou R$ 47,6 bilhões em segurança pública (que engloba o gerenciamento de emergências), um valor 4,4% superior ao do ano anterior. Segundo o mesmo estudo, 1,36% do PIB brasileiro vão para a segurança pública, acima da França, que investiu, em 2008, 1,3% do seu PIB com polícia e segurança.
Dos R$ 993,7 milhões empenhados, isto é, com autorização para seu gasto, para ações de defesa civil no Brasil entre 2004 e 2009, somente R$ 357,8 milhões foram efetivamente usados por estados e municípios. A Bahia, no mesmo período de 2004 a 2009, recebeu R$ 133,2 milhões, ou 37,25% dos recursos usados, enquanto o Rio de Janeiro, palco de desastres naturais gravíssimos, teve 0,64% dos recursos. Será que houve ingerência política no assunto? Por coincidência, a maior parte das liberações aconteceu durante a gestão do então ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que também por coincidência deixou o cargo para poder se candidatar ao governo da Bahia.
Desastre natural na Região Serrana do Rio de Janeiro
Parece claro que o problema está no planejamento e distribuição dos gastos (sem falar na corrupção). Para melhorar a situação, os recursos deveriam ser destinados com critérios técnicos – e não políticos – e por pessoas com conhecimento do assunto – e não políticos. E isso somente vai mudar se a população – nós – começar a se preocupar com o assunto e pressionar nossos eleitos, tanto do executivo quanto do legislativo.
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