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quarta-feira, 8 de maio de 2013

O atentado de Boston e o terrorismo no Brasil

O atentado de 15 de abril na Maratona de Boston trouxe para a imprensa várias matérias sobre a preparação do Brasil para enfrentar ameaças terroristas, em especial com a aproximação da Copa das Confederações e a visita do Papa Francisco I, sem falar na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. A maior parte das reportagens mostra a “preparação” do nosso país para enfrentar a ameaça terrorista com as mesmas imagens: atiradores de elite, equipes táticas com suas roupas negras e miras laser, roupas de proteção contra agentes químicos e biológicos.(1) (2)


Treinamento de policiais do BOPE do Rio de Janeiro. (http://noticias.uol.com.br/)

Embora o Brasil não seja um alvo prioritário de terroristas internacionais, a presença de milhares de turistas estrangeiros e a cobertura da imprensa nos eventos futuros, torna a possibilidade de ataque mais alta.

O Brasil estará realmente preparado para a potencial ameaça terrorista quando cuidar adequadamente dos mais de 17 mil Km de fronteiras terrestres e 8 mil Km de fronteiras marítimas, impedindo a entrada de armas ilegais (entre outras coisas) e controlando o fluxo de pessoas. Estaremos preparados quando as autoridades conseguirem controlar o comércio, armazenagem e uso de explosivos, pois os artefatos que destruíram dezenas e dezenas de caixas eletrônicos são os mesmos que podem ser usados em uma bomba terrorista.

Quando a cultura do "If You See Something, Say Something"(3), isto é, reportar às autoridades atos suspeitos estiver enraizada em nossa população, estaremos preparados. Para isso, precisamos de cidadãos conscientes e, de outro lado, autoridades que não considerem os “cidadãos comuns” apenas como vítimas ou idiotas (ou os dois) e nos ouçam e ajam rapidamente. Basta lembrar que em 2010, a polícia de Nova Iorque evitou um atentado a bomba na Times Square graças ao aviso dado por um vendedor ambulante.(4)


Nosso país estará preparado quando grandes cidades tiverem se planejado e treinado para catástrofes, com fez a cidade de Boston e foi mostrado na revista New Yorker.(5)

Esses são apenas alguns dos inúmeros aspectos que se entrelaçam de modo complexo e devem ser levados em conta na questão do terrorismo.

É claro que equipes táticas bem selecionadas, treinadas, equipadas e motivadas são peças importantíssimas nos esforços de contraterrorismo de qualquer país. Mas só isso não basta.

(1) http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2013/04/terrorismo-pode-acontecer-aqui.html
(2) http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/04/exercito-tera-600-militares-contra-terrorismo-nas-confederacoes.html
(3) http://www.dhs.gov/if-you-see-something-say-something-campaign
(4) http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/policia-de-nova-york-desarma-bomba-em-carro-na-times-square.html
(5) http://www.newyorker.com/online/blogs/newsdesk/2013/04/why-bostons-hospitals-were-ready.html