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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifestações nas ruas

Nosso país passa por um momento tenso e provavelmente inédito, com milhares e milhares de pessoas saindo às ruas para protestar - em princípio, com razão - contra inúmeras situações, por vários dias consecutivos. Os protestos acontecem desde as cidades principais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, até cidades menores, como Silva Jardim, no Rio de Janeiro, com cerca de 22 mil habitantes.

"Manifestantes" enfrentam o Caveirão do BOPE no Rio de Janeiro. (http://g1.globo.com/)


Esse movimento social é extremamente complexo e recente e não vou me atrever a tentar fazer uma análise mais profunda. Apesar disso, gostaria de salientar alguns pontos relevantes para o Gerenciamento de Emergências:

- Envolvimento direto do Exército para proteção da Presidente da República.

- Apesar da propaganda prévia da "preparação" das autoridades brasileiras para enfrentar qualquer tipo de situação durante a Copa das Confederações (ver postagem de 8 de maio), não foi isso que foi visto quando o simulado virou situação real.

- Do ponto de vista das autoridades, como lidar com a crise de comunicação, quando a imprensa, com raras exceções, está totalmente deslumbrada e tendenciosa quanto às manifestações.

- Ainda do ponto de vista das autoridades, como balancear o direito de manifestação com o direito de ir e vir e direito à propriedade de outros, principalmente quando as forças de segurança estão sob observação minunciosa (e tendenciosa).

- Embora o tema domine totalmente a imprensa, outros crimes continuam ocorrendo, pessoas continuam necessitando de ambulâncias, polícia e bombeiros. Como distribuir recursos sempre escassos de atendimento de emergências nessas situações?

- Mais uma vez, a importância e efetividade das redes sociais fica evidente, por parte dos manifestantes. Por parte das autoridades, isso parece que ainda não foi totalmente percebido. Por exemplo, o Twitter da Secretaria de Segurança de São Paulo e da CET do Rio ignorou totalmente as manifestações. Já a CET de São Paulo usou o microblog para atualizações em tempo real das condições do trânsito. A Secretaria de Segurança do Rio ficou em uma posição intermediária, colocando orientações, mas não em tempo real.

Vamos continuar acompanhando esse momento histórico e ver que lições podemos aprender.

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