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sábado, 1 de fevereiro de 2014

40 anos do incêndio do Joelma

Hoje, dia primeiro de fevereiro, marca o quadragésimo aniversávio do incêndio do Edifício Joelma, o pior na história de São Paulo. O desastre ceifou a vida de 191 pessoas e feriu mais de 300.


Atuação heróica de bombeiro no incêndio do Edifício Joelma. Os procedimentos de resposta também mudaram muito desde então.

O evento impulsionou várias mudanças na prevenção de incêndios. Por exemplo, segundo o site Bombeiros Emergência, havia somente uma escada comum, isto é, não pressurizada ou enclausurada. Não havia sistema de alarme manual ou automático e nem sinalização para abandono e controle de pânico. Apesar da estrutura do prédio ser incombustível, todo o material de compartimentação e acabamento não era e não havia qualquer controle de carga-incêndio, por isso rapidamente o incêndio se propagou e fugiu do controle. Cerca de 1/4 dos ocupantes do prédio naquela manhã morreram no incêndio.

Hoje, essa configuração em um edifício é inimaginável.


Falando em acidentes que impulsionaram mudanças na legislação, outro não tão conhecido, mas também muito importante é o incêndio no Cine Oberdan, na década de 1930. O Cine Oberdan, em São Paulo, tinha capacidade para até 1.600 espectadores. Em 10 de abril de 1938, exibia o filme "Criminosos do Ar", com Rita Hayworth. Segundo apuração da polícia, durante a matinê, um menino precisou ir ao banheiro. Como o caminho era escuro, e ele não encontrou o lanterninha, o menino colocou fogo em alguns jornais como iluminação. Outra pessoa na plateia viu as chamas pela fresta da porta e gritou "fogo!", iniciando um pânico generalizado. Morreram 31 pessoas pisoteadas, 30 crianças. Uma outra versão diz que as pessoas se assustaram com uma parte do filme, em que o personagem grita "fogo!".


O incidente acabou provocando uma das mudanças mais drásticas nas normas de segurança em São Paulo --a que determina que porta de emergência tem de ser aberta por dentro, e não por fora, como era comum na cidade nos anos 30.

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