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sábado, 26 de novembro de 2011

Derramamento de óleo na Bacia de Campos


Foi divulgado hoje na imprensa que a plataforma P-40, na Bacia de Campos, apresenta um vazamento de gás, porém sem risco de incêndio, explosão, ou qualquer perigo às pessoas que trabalham na plataforma, segundo publicado pelo G1.

Ao mesmo tempo, a situação do vazamento de óleo da Chevron, no Campo de Frade, também na Bacia de Campos, parece bem melhor. As autoridades calculam que a mancha esteja com 3,8 quilômetros (km) de extensão e cerca de 1 quilômetro quadrado (km²) de área e se afastando do litoral (tudo bem que o Presidente da Chevron para África e América Latina havia dito que só havia 16 litros de óleo no mar). Assim, podemos ficar tranquilos e esquecer o caso, pelo menos até que um novo aconteça!

A sociedade, pelo menos em parte, está indignada sobre a demora na resposta ao vazamento, e com razão. Embora essa seja a fase mais visível do gerenciamento de emergências, as demais são tão ou mais importantes e deveriam ser cobradas com igual empenho por parte das autoridades.


Sobre a prevenção ao acidente, houve questionamento? Quais foram as lições aprendidas e que poderiam ser aplicadas, por exemplo, para evitar acidentes semelhantes na exploração do pré-sal? Não custa lembrar que algumas causas do acidente da Deep Water Horizon no Golfo do México foram relacionadas à "economia" na instalação de dispositivos de prevenção.

E a preparação, então? O empreendimento deveria ter (e com certeza tinha) um Plano de Emergência Individual, PEI. O plano de cada plataforma marítima deve prever os procedimentos para a interrupção da descarga de óleo, a contenção de derramamento e a proteção de áreas vulneráveis. Também precisa estabelecer como a mancha de óleo será monitorada e recolhida, por meios mecânicos e químicos, e como se dará a dispersão dos restos. É obrigatório mostrar como será feita a proteção das populações vizinhas, bem como da flora e da fauna. Por fim, o PEI estabelece de que forma deve ser realizada a limpeza das áreas atingidas. O PEI precisa ser aprovado pelas autoridades e, como qualquer plano de emergência, treinado e analisado criticamente. Será que isso foi feito? Uma artigo interessante sobre PEIs e riscos da exploração foi publicado pela Revista Piauí, um ano antes do acidente.

Sobre a reconstrução, embora não pareça ser tão crítica em uma análise superficial, vamos ver o que vai ser feito...


Parece que o assunto não está tão resolvido assim...

Um comentário:

  1. Agora, a ANP determinou o fechamento de outro poço da Chevron, não relacionado com o derramamento. O motivo foi a presença de sulfeto de hidrogênio - o gás sulfídrico - que, embora extremamente perigoso, não é de maneira alguma incomum nesse tipo de atividade.

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