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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O naufrágio do Costa Concordia e a comunicação em crises

Entre as muitas lições que serão tiradas do naufrágio do transatlântico, algumas certamente serão sobre comunicação. Ainda é cedo para julgar se o caso é um bom ou mau exemplo, mas tudo indica que a comunicação deixou a desejar.


No domingo imediatamente após o acidente, na página principal do site brasileiro e italiano, havia os telefones da central de atendimento e um link para uma página com declarações da empresa. 
O site americano, por sua vez, não trazia nada de diferente na página inicial e, ao se escolher os Estados Unidos como país, havia o aviso de servidor sobrecarregado.


O Twitter da Carnival, empresa controladora da Costa Crociere (e de quase metade do mercado de transatlânticos) trazia alguns links para as mesmas mensagens dos sites. Porém, o CEO Micky Arison não fez nenhuma aparição pública para comentar sobre o acidente e sua conta no Twitter não trazia nada sobre o acidente, apenas sobre o seu time de basquete do coração, o Miami Heat.

Porém, o que parece minar a credibilidade da comunicação da empresa é o teor "indeciso" das comunicações, que no dia 14 era "capitão Francesco Schettino (...) percebeu a gravidade da situação e imediatamente deu início a uma manobra cujo objectivo foi a segurança dos passageiros e da tripulação, começando com os procedimentos de segurança de forma a preparar uma eventual evacuação do navio".


Cinco dias depois, a imprensa publicou que Marco De Luca, advogado da Costa, "condenou o comportamento do comandante do cruzeiro, Francesco Schettino, acusado de ter desviado sem autorização a embarcação de sua rota causando o naufrágio, que provocou a morte de onze pessoas e mais de vinte desaparecidos".


O desenvolvimento desse caso triste merece ser acompanhado de perto por todos interessados no Gerenciamento de Emergências.


Em tempo: falando em comunicação, o blog "Crisisblogger" publicou uma postagem sobre o ex-gerente de comunicação da BP, com links para vídeos de sua entrevista pelo Skype (infelizmente em alguns momentos o som deixa a desejar):

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