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sexta-feira, 9 de março de 2012

Crianças em emergências

Muitas vezes, no planejamento de emergências, as crianças são consideradas como adultos em miniatura ou simplesmente esquecidas. Porém, do ponto de vista da sobrevivência, as crianças devem ser consideradas como funcionalmente diferentes dos adultos, devido ao seu estágio de desenvolvimento neurológico e cognitivo. Crianças terão mais dificuldade em utilizar sistemas de emergência e precisarão de ajuda de um adulto nesse caso.

No pior dos casos: a SWAT de Seattle treina a retomada de uma escola em ocorrência de atirador ativo.
( http://www.westseattleherald.com/  )

Conforme nota o Professor John Leach, essa situação pode ser minimizada com a instrução sobre emergências nas escolas. Além disso, as crianças adotam muito mais facilmente uma cultura de segurança e preparação para emergências.

A Revista Incêndio, na sua edição 16, publicou uma matéria interessante sobre a preparação das crianças para incêndios. Alguns trechos:

“(...) Não queremos que as crianças combatam focos de incêndio – longe disso. Queremos que elas apenas saibam como preveni-los, como dar um alarme e como escapar com segurança.

A experiência nas escolas americanas em relação ao escape em caso de incêndio é muito positiva. Deveria ser analisada e adaptada à nossa realidade. Lá, uma vez por semestre é acionado o alarme contra incêndio. Nesse momento, as crianças mais próximas das janelas as fecham, é formada uma fila, é verificada qual é a rota de escape mais próxima numa planta que fica permanentemente dentro da sala, procede-se o escape e há um ponto de encontro externo, onde as crianças aguardam o final da simulação. Tudo com seriedade, e ao mesmo tempo, tranquilidade. Não há mal em copiar boas ideias. É nossa obrigação ensinar e conscientizar os pequenos.

O fogo é um processo físico-químico. Por que não envolver o professor de ciências numa aula sobre incêndio? A “brincadeira” Pare! Deite! Role! (ações que devem ser tomadas quando a roupa pega fogo) é um ótimo exercício.
E os adolescentes? Essa faixa etária é terrível! Frequentam teatros, cinemas, boates que, com honrosas exceções, tem suas saídas de emergência mal sinalizadas, bloqueadas ou trancadas. Fica como proposta que as escolas, como entidades organizadas para educar com metodologia, tomem para si esta nossa obrigação. Uma aula sobre fogo, uma simulação de incêndio, são atividades que irão apenas acrescentar (...)”

Outro exemplo de preparação de crianças para emergências pode ser visto no vídeo português abaixo:



O investimento na preparação das crianças para emergências, além da óbvia vantagem de protegê-las caso algo ocorra, pode tornar nossa sociedade mais resiliente em longo prazo. 

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